Querida amiga, precisei de uma certa coragem para escrever esse post. Não por não acreditar no que escrevo, mas por achar que muita gente vai achar piegas ou até mesmo ridículo – como se eu vivesse num mundo encantado, em que tudo é bom. E é só olhar ao redor para perceber que o planeta em que vivemos não é um parquinho de diversões, não é mesmo?
Hoje eu queria te contar algo que sempre levei em meu coração, e que eu sei que pode trazer uma certa dose de ingenuidade: eu acredito, realmente, no poder da bondade. Mesmo num mundo que não a valoriza.
Eu acredito que a bondade é capaz de te levar aos melhores lugares, de criar as condições para a realização dos seus sonhos. Claro que ela não te libera de correr atrás, trabalhar, esforçar-se, porque, se a gente não fizer a nossa parte, nada cai do céu. Mas eu a vejo como um ímã que atrai coisas incríveis para o seu caminho. Que te coloca no lugar certo, na hora certa, numa espécie de sincronicidade.
Tem gente nesse mundo que acredita que, para se dar bem, precisa ser esperto: envolver as pessoas, convencê-las a te ajudar, fazer mil promessas de que você é capaz de resolver os problemas delas.
Tem gente nesse mundo que acredita que tem que ser competitivo: que se você for o melhor dos melhores, você sempre alcançará o que deseja.
Tem gente nesse mundo que acha que para conseguir o que se quer basta ter dinheiro, e corre atrás dele. E outras pessoas que acham que ser bonito é o passaporte para uma vida melhor.
Não julgo nenhuma delas. Porque eu sei que esperteza, excelência, dinheiro e beleza podem facilitar muitos caminhos. E também não acho errado usar isso ou outras ferramentas que estão ao seu alcance, se você nunca perder de vista aquilo que falei no início do post: a bondade. A certeza interna de que você está fazendo o melhor que pode, não só para você, como para todos ao seu redor.
“Ah, Nívea, mas tem tanta gente boa que não se dá bem! Porque os outros passam por cima!”. Deixando claro, estou falando de ser bom, não de ser bobo. Estou falando em agir com integridade, com boa intenção sempre – não de abdicar dos seus sonhos para atender os desejos dos outros.
Mas confesso a vocês que às vezes me parece mesmo um plano audacioso, esse de ser bom. Não sei se ele tem falhas, talvez por isso esteja dividindo ele aqui com vocês para conversarmos. Mas é que me parece algo até lógico: se você só espalhar sementes boas, como é que brotará outra coisa? Sementes de maçã não dão macieiras? As de laranja não fazem nascer laranjeiras? Então como é que sementes de bondade não te trariam coisas boas?
Talvez eu seja apenas uma sonhadora, num mundo que não sonha. Só que uma parte de mim adora acreditar que se todos pensassem dessa forma, viveríamos num mundo maravilhoso.