Querida amiga, você se lembra de quando seu filho nasceu? Lembra que tinha tantas dúvidas que não sabia por onde começar? Como é que encaixa o bebê no peito para mamar? Como é que troca a fralda? Que tipo de choro é esse – fome, frio, sono?
Ah, eu me lembro bem, porque demorou para que eu perdesse o medo dessas dúvidas. Demorou para que eu me achasse uma boa mãe, que sabia o que estava fazendo.
Felizmente o tempo passa, e você vai aprendendo. Tem vezes em que você nem precisa colocar o termômetro para saber que o filho está com 37 graus. Você sabe quantas voltas de carrinho serão necessárias para ele pegar no sono, e também depois de quantos minutos vai acordar.

Mas, cara amiga, eu tenho que dizer que um dia isso acaba. Essa sensação de que você “está dominando” a maternidade vai por água abaixo. Sabe como chama? Pré-adolescência. E diferente do nascimento, que tem uma data bem definida, ela vai chegando de mansinho, e quando você se dá conta, está com um monte de dúvidas brotando.
Pode deixar ir para a escola com unha pintada? E com maquiagem? E depilar a perna, já precisa (e se ela não aguentar a dor)? Pode só descolorir os fios? E sutiã, precisa usar? Essas são algumas das dúvidas de mãe de menina, mas imagino que as mães de menino tenham tantas outras.
O que eu sei é que quando eles nascem nós aprendemos uma coisa importantíssima, que carregamos para essa fase também: que não estamos sozinhas. Que existem tantas outras mães passando pela mesma coisa, cheias de vontade de compartilhar os receios e também as soluções que encontraram.
Por isso, a melhor dica que eu posso deixar é: procure uma amiga. Pergunte, peça a opinião dela, conte a sua. Porque é dessa colcha de retalhos das vivências de mãe que nasce de novo a sabedoria que você vai carregar pelos próximos anos.